Para a Cummins Brasil, a eletrificação vai além dos chamados BEVs (Battery Electric Vehicles, ou Veículos Elétricos a Bateria), incluindo, principalmente o sistema de propulsão Fuel Cell (célula de combustível). “Nós acreditamos que os motores a diesel ainda vão seguir existindo durante algum tempo mas, na próxima década, será incrementada a aplicação dos BEVs em veículos comerciais leves e de transporte de passageiros, principalmente em operações urbanas”, afirma Maurício Rossi.
“Os conjuntos motrizes elétricos a bateria estão ficando menores e mais eficientes, então, é natural que eles tomem espaço dos motores a diesel com o tempo. Mas nós acreditamos que os BEVs serão uma ponte, vão funcionar como uma transição”, diz o Diretor de Vendas.
O executivo defende que a tecnologia do futuro será o hidrogênio, solução que faz parte do portfólio global da Cummins com a linha HyLIZER. Rossi conta que a companhia trabalha no acesso ao hidrogênio verde, baseado na captação de eletricidade gerada a partir de painéis fotovoltaicos (solares) e captação eólica.
Ele conta que a maioria das empresas brasileiras que possui painéis solares em suas plantas aproveita apenas apenas de 20% a 25% da capacidade de absorção dessas placas. Segundo Rossi, a Cummins pretende investir na oferta de equipamentos para a realização da eletrólise por meio da qual se obtém hidrogênio, que pode ser armazenado para abastecer os veículos com sistemas de Fuel Cell da Cummins.
“Estamos investindo fortemente no hidrogênio, tanto na linha industrial, na qual se pode utilizar os HyLIZER para inúmeras finalidades. Quando alguém pergunta se o Brasil vai nessa linha, a resposta é sim. Talvez não na mesma velocidade que outros países mais desenvolvidos, mas o País certamente vai trilhar esse caminho”, completa.
Eduardo Oliveira observa ainda que, durante muito tempo, a adoção de novas tecnologias de emissões foi motivada pelas restrições impostas, ou seja, o Governo reduzia o limite e a tecnologia se adaptava para cumprir com o novo requisito. “Mas agora tem havido uma maior conscientização e demanda por tecnologias ainda mais limpas para aplicações específicas como transporte de passageiros, o que tem causado o que a gente chama de descentralização”, conta. Segundo ele, além de cumprir novas legislações, a companhia quer incentivar essa adoção voluntária de soluções sustentáveis. Um caminho bom para os negócios e melhor ainda para a sociedade e meio ambiente.
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